Papiloma vírus humano (hpv): sua relação com câncer de colo uterino
Papiloma vírus Humano (HPV): sua relação com câncer de colo Papiloma Human virus (HPV): your relationship with cancer of uterine lap
1. Discente do curso de enfermagem das Faculdades Integradas de Ourinhos. 2. Docente do curso de enfermagem das Faculdades Integradas de Ourinhos.
O objetivo deste estudo foi através da descrição do HPV e seus principais subgrupos, identificar os principais pontos de prevenção e orientação sobre o HPV, deixando claro a sua relação com o câncer de colo uterino nas mulheres. O método utilizado para realização do levantamento de dados foram livros científicos, a internet através da base de dados Scielo, Google, Febrasgo, além de outros textos que ofereceram informações satisfatórias de acordo com o tema da pesquisa. Ficou visível após este estudo a grande relação do HPV com o câncer do colo uterino, e a importância de abordagem pelos profissionais da saúde dos principais pontos de prevenção e orientação para o controle desta patologia. Palavras – chaves: Papiloma vírus humano. Câncer de colo uterino. Prevenção do HPV. Co-fatores do HPV. Abstract
The objective of this study is describe HPV and its mainly subdivisions, identify the main prevention points and orientation about HPV, making clear its relationship with uterine colon cancer. The method used for data were books scientific, the Internet through Base data Scielo, Google, Frebasgo, in addition to other texts which have offered satisfactory information according to theme search. This study was visible after the connection of HPV with cancer Wyo coil, and the importance of approach by health professionals of the main points of prevention and guidance to the control of this Pathology.
Words - keys: Papiloma human virus. Cancer of uterine Lap. Prevention of HPV. Co-factors of HPV. I. Introdução
As Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) se tornaram um grande
problema de saúde pública. Muitas são as causas que contribuem para esse
descontrole, incluindo a falta de intervenções, o sistema precário de saúde
associado a outros co-fatores, sendo um deles, o socioeconômico.
E é em meio a esta visão mais ampla do processo da infecção da doença
Papiloma vírus humano (HPV), que se faz presente analisar a grande necessidade
da inserção de maiores intervenções que forneçam esclarecimentos específicos
sobre as consequências desta doença, principalmente pelo fato dela aparecer em
maior proporção no meio da população jovem afetando diretamente o
comportamento dos seus portadores, causando-lhes constrangimentos e alterando
O HPV pertence a uma grande família de vírus – DNA devido à variedade de
seus subtipos “mais de 100 tipos” (BRASIL, 2006a).
Sua família é conhecida como Papovavírus e atualmente é denominada como
Papovaviridae, uma abreviação de seus gêneros. Sabe-se que o HPV é o grande
precursor da mortalidade feminina, por ser apontado como o principal fator do
desenvolvimento do câncer do colo uterino, além de ser também o responsável por
outras doenças como o condiloma acuminado, papilomas laríngeos, câncer anal,
Portanto, define-se que o objetivo da pesquisa é através da descrição do
HPV e seus principais subgrupos identificar os principais pontos da prevenção e
orientação sobre o HPV, deixando clara sua relação com o câncer de colo uterino
A metodologia aplicada a esta pesquisa foi a realização de levantamentos
bibliográficos, que permitissem a cobertura do tema proposto.
Para tanto, foi realizada uma busca da literatura científica em livros
relacionados ao tema e na internet através da base de dados Scielo, Google e
Febrasgo por meio das palavras chaves: Papiloma vírus humano, Câncer de colo
uterino, Prevenção do HPV, Co-fatores do HPV.
II. Considerações Teóricas II. a) Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST)
As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são um problema de saúde
pública não só no Brasil, mas em todo o mundo, todavia, só adquiriu maior
importância após epidemia da Síndrome de Imunodeficiência Adquirida (AIDS), isto
porque estudos comprovam que úlceras genitais aumentam em até 18 vezes a
maior possibilidade da infecção pelo vírus da AIDS (BRASIL, 2006a).
Segundo Brasil (2006b), estudos de prevalência mostram que as mulheres
apresentam cinco vezes mais frequência de lesões precursoras de câncer de colo
uterino quando estas mesmas têm histórias de DST, e este fator aumenta mais
quando apresentam infecções por HPV, mostrando maior probabilidade de serem
mais propensas a desenvolver câncer do colo do útero.
“Em 1.999, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estimou um total de
340 milhões de casos novos por ano de DST curáveis em todo o mundo,
entre 15 e 49 anos, 10 a 12 milhões destes casos no Brasil. Outros tantos
milhões de DST não curáveis (virais), incluindo o herpes genital (HSV-2),
infecções pelo papilomavírus humano (HPV), hepatite B (HBV) e infecção
Mesmo com estes dados alarmantes, a população e os governos ainda não
se deram conta da gravidade do problema. É necessário, portanto, que haja um
maior esforço coletivo para divulgação das DST, e um redirecionamento das
intervenções a serem aplicadas, pois, existe uma dificuldade no sistema de
notificação compulsória que determina a informação somente das DST como, AIDS,
Human Immunodeficiency Virus (HIV) na gestação e criança exposta à sífilis
É em meio desta falha do sistema público, que esta incluído um dos maiores
vilões da população atual, o vírus HPV, responsável por causar certos tipos de
lesões que podem acometer seriamente a saúde de indivíduos infectados, afetando
seu comportamento e alterando sua relação sexual íntima.
II. b) Origem do Papiloma vírus humano (HPV)
As lesões causadas pelo HPV vêm sendo descritas ao longo do tempo,
iniciando na antiguidade, passando por algumas descobertas até o presente
Na antiguidade já havia relatos de lesões cutâneas presentes, porém, lesões
estas, não diferenciadas das sifilíticas e gonorréicas. Mas evidenciava-se a
possibilidade de seu contágio ser de via sexual (CAMPOS, 2003; PALO et al. 1996).
Com o passar dos séculos, foram surgindo as primeiras descobertas sobre a
etiologia do Papiloma vírus humano, o qual foi caracterizado pela primeira vez em
1907 por Ciuffo, como agente causador das verrugas humanas. Porém, somente em
1933 foi isolado o vírus do HPV por Richard Shope (INFORMATIVO ABRIL, 2005;
Com o surgimento da microscopia eletrônica, a partir de 1949, na
Universidade de Yale, estabeleceu-se, que, a etiologia das partículas virais tanto as
encontradas nas lesões papilomatosas quanto às das lesões condilomatosas, eram
as mesmas, derivadas do papiloma vírus humano (CAMPOS, 2003; PALO et al.
A verdadeira confirmação de que o HPV era um agente de transmissão
sexual, foi no ano de 1954. Nesta época, as esposas dos soldados, os quais haviam
voltado da guerra da Coréia, passaram a desenvolver lesões cutâneas num período
de quatro a seis semanas do reencontro, mesmo período em que eles também
apresentavam lesões penianas. Foi quando evidenciou a presença de lesões
cutâneas após a exposição ao agente.
Ao longo da história do papiloma vírus humano, não se esclareceu muito
sobre sua verdadeira etiologia, porém, tornou-se evidente sua transmissão por via
sexual no século XX. E mesmo com tantas descobertas foi somente nos anos
setenta, a partir da biologia molecular que se pôde pesquisar melhor o vírus
II. c) Conceito do (HPV)
O HPV é um DNA-vírus que atinge grande parte da população sexualmente
ativa. Dependendo de seus estirpers poderá além de causar lesões condilomatosas,
desenvolver neoplasias intra-intraepiteliais com a maior possibilidade de
desenvolvimento de um câncer de colo uterino, da vulva, da vagina ou da região
anal, risco este aumentado quando associados a co-fatores como o fumo e
Segundo Palo et al. (1996) o “HPV pertence à família dos Papovavírus, que
atualmente são conhecidos como Papovaviridae e trata-se de abreviatura que indica
os vírus Papiloma, Polioma e Vacuolinizante”.
A família Papovaviridae é dividida por dois gêneros.
O gênero A compreende o papiloma vírus, que é constítuido pelo papiloma
vírus humano, o papiloma vírus bovino e o papiloma vírus de shope dentre outros
vários. Os papilomas vírus causam infecções apenas em espécie específica, ou
seja, afetando apenas o hospedeiro específico de sua espécie. No caso do papiloma
vírus humano, seu hospedeiro é o homem, e os vírus deste gênero não são
O gênero B compreende o Polioma Vírus e o SV-40 (simian vacuolinizante do macaco). São cultiváveis, e de utilização laboratoriais, e não acometem o homem
Dentre a família papiloma vírus da qual se origina o papiloma vírus humano
existem diversos subgrupos e segundo Brasil (2006a) “mais de 100 tipos são
reconhecidos atualmente, 20 dos quais podem infectar o trato genital”.
Dentre os vários subgrupos do HPV existem alguns que oferecem maiores
riscos de desenvolvimento de neoplásias em várias regiões do corpo.
Visando uma abordagem mais simples de identificação, o HPV é dividido
entre os que atingem as mucosas genitais, orais e respiratórias, e os subgrupos que
atingem a região cutânea como, por exemplo, áreas extragenitais. Porém, não se
deve considerar que esta divisão será aplicada conforme a regra, pois pode ocorrer
de lesões cutâneas estarem associadas à HPV de mucosas genitais (PALO et al.
Outra divisão possível para o HPV é através do seu potencial oncogênico.
Pois, existem subtipos de HPV que são classificados como sendo de baixo risco,
devido à sua associação com condilomas na forma de lesões intra-epiteliais (LIE) de
baixo grau e são eles o 6, 11, 42, 43 e 44. Outros são classificados como subtipos
de alto risco, os quais podem causar LIE de alto grau, vindo a desenvolver cânceres
do colo uterino seus agentes principais são:16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 46, 51, 52, 56,
Cerca de 95% de casos de câncer são relacionados com o HPV, mas a
doença poderá se desenvolver ou não, dependendo não só do tipo de HPV, mas
também de outros fatores relacionados com o hospedeiro, como o estado
imunológico, tabagismo e uso de contraceptivo oral (BRASIL, 2006b).
Não se tem como definição a real duração do processo infeccioso do vírus
HPV, pôde-se observar que a doença permanece por anos ou décadas, ou segundo
Rama et al. (2005), pode ser transitório sem lesões intra–epiteliais devido à
O fato da doença se apresentar de forma latente dificulta relacionar com
exatidão o intervalo de tempo entre a contaminação e o desenvolvimento de uma
lesão, pois sua recidiva pode tanto estar relacionada com a ativação de
reservatórios quanto a reinfecção pelo parceiro. Neste caso, o indivíduo pode ser
portador de um ou mais subtipos de HPV. Atualmente, o HPV é a DST que mais
atinge mulheres no mundo, e o maior precursor de câncer cervical (BRASIL, 2006b).
II. d) Contágio e desenvolvimento do HPV no corpo humano
A transmissão do HPV se dá principalmente pelo ato sexual, através da
fricção dos orgãos genitais. Ele se aloja na superfície do epitélio escamoso do colo
uterino devido à microtraumas causados neste local pela relação sexual. Quando
atinge o epitélio pavimentoso, o vírus perde seu invólucro protéico e o genoma viral
atinge o núcleo da célula, onde se estabelece a forma epissomal provocando uma
resposta celular local e sistêmica que induz à produção de anticorpos das células de
langerhans ativando os linfócitos T. Esta é a primeira linha de defesa humana,
porém a resposta humoral não é suficiente para acabar com o processo infeccioso,
pois dependerá também do estado imunológico de cada pessoa, e sua resposta
Estudos observados pela Federação Brasileira das Sociedades de
Ginecologia e Obstetrícia (2002) mostraram que o risco de uma mulher desenvolver
neoplasia de colo uterino aumenta em 19 vezes quando ela é infectada com o vírus
HPV, e que associados ao tipo 18, 31 ou 33 aumenta em 50 vezes.
Quando é relacionado ao HPV 16 este risco sobe para mais de 100 vezes. Isto
quando comparado a mulheres não infectadas. Também foi demonstrado que a
soroposividade do HPV 16 é fortemente associada com a detecção repetida do DNA
HPV 16 na cérvix. Isto demonstra que o HPV 16 mantém uma forte relação com a
persistência das LIE com a sugestão dele ser um agente infeccioso de ação
Em um relato clínico de Castro & Duarte (2004), foi diagnosticado
evidências de HPV em cavidade oral dos tipos, 0, 1, 2, 4, 6, 11, 13, 16, 18, 30, 31,
32 e 57. Estes tipos virais são os mesmos que atingem outras regiões do corpo
como as mucosas e a pele. Nesta pesquisa é ressaltada a presença do subtipo 16
como prevalente em lesões neoplásicas, porém, afirmando que é o 18 o tipo mais
agressivo nestas lesões, e que o 6 e o 11 são encontrados nas lesões
A doença pode ocorrer de outras maneiras que não as de vias sexuais,
como por toalhas, instrumentos ginecológicos, banheiros, roupas íntimas de uso
comum, saunas além de outros (MURTA, 2008).
Para confirmação destas vias de transmissão um relato da Federação
Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002) demonstra um estudo
realizado, onde o material colhido das superfícies dos banheiros da área de lazer de
duas clínicas apresentou em apenas uma delas presença em 50% das amostras de
DNA de HPV enquanto, que na outra o resultado foi negativo. As fontes prováveis de
contaminação na área de lazer devem ser as mãos contaminadas das clientes em
É importante que haja maior identificação dos co-fatores que podem levar à
infecção do HPV e, conseqüente desenvolvimento de neoplasias intra-epitelial
cervical (NIC). Estes co-fatores estão relacionados à iniciação precoce da atividade
sexual, multiplicidade de parceiros sexuais, tabagismo, falta de higiene íntima,
fatores imunológicos, cor e fatores hormonais como uso prolongado de contraceptivo
II. e) Patologia do HPV
As infecções por HPV podem ser sintomáticas quando “a forma clinica é
evidenciável, ou seja, com observação a olho nu” (PALO et al. 1996) ou
As lesões podem aparecer na forma de verrugas genitais e serem chamadas
de diversas maneiras, desde condilomas ou mais popularmente como crista de galo,
figueira, cavalo de crista ou jacaré de crista (MURTA, 2008). Surgem em regiões
como vulva, períneo, colo, vagina e região perianal na mulher. E no homem há
possibilidade de aparecer na glande e sulco bálano-prepucial (BRASIL, 2006a;
MURTA, 2008). Menos freqüentemente podem estar presentes em áreas
extragenitais como conjuntivas, mucoso-nasal, oral e laríngea (BRASIL, 2006b).
Quando assintomáticas podem ser classificadas de duas maneiras,
Na forma subclínica são evidenciáveis apenas sob técnicas de magnificação
(lentes) e ápos aplicação de reagentes como o ácido acético (BRASIL, 2006b).
A forma latente é evidenciável apenas através de técnicas de
hibridação do DNA em indivíduos com tecidos clínicos e histológicamente normais.
O termo refere-se, portanto, aos casos em que, na ausência de evidência clínica,
colposcópica, citológica e histológica de lesão, são individualizadas, geralmente em
material citológico, em seqüências de HPV-DNA com técnicas de hibridação
As lesões condilomatosas podem apresentar diversas formas no local de
alteração, podendo ser únicas ou múltiplas, restritas ou difusas e de tamanhos
variável. Dependendo do tamanho e localização, podem ser dolorosas, friáveis e/ou
pruriginosas, de crescimento exofítico, papilar, frondoso ou róseo (BRASIL, 2006b;
Segundo Brasil (2006a), o tratamento do HPV poderá ser feito de diversas
maneiras, dependendo da morfologia, local da lesão e quantidade de verrugas. Os
medicamentos utilizados são a podofilina, o ácido tricloroacético (ATA),
podofilotoxina, imiquimod, interferon. Existem também outros métodos como a
eletrocauterização, criocauterização, vaporização a laser, exerese cirúrgica, todos
com objetivo de remoção dos condilomas. II. f) Prevenção
A prevenção das DSTs em geral, é o meio mais importante de evitar tais
transtonos, e existem inúmeras maneiras de evitar tais doenças. No caso do HPV
deve-se considerar o relevante fator de que não existe tratamento que realmente
Os meios de prevenção mais comuns são os usos de preservativos, os
quais diminuem o índice de contaminação pelo HPV, mas, não os impede. Valendo
ressaltar que, a abstinência de qualquer prática sexual, é o meio mais seguro de
prevenção (NADAL & NADAL, 2008).
Exame citopatológico ou papanicolau como é mais conhecido, deve ser feito
anualmente. Outras formas de identificação da doença são os exames,
imunoistoquímico, microscopia eletrônica e o reconhecimento do tipo de DNA
Entretanto vale ressaltar que o exame citopatológico não detecta
exatamente a infecção pelo HPV e nem mesmo o seu tipo, mas ajuda muito no
diagnóstico precose de um câncer cervical, pois a citologia ajuda a diferir prováveis
células do vírus. Quando diagnosticados NIC II ou NIC III, há uma recomendação de
exames específicos para o vírus HPV como a colposcopia e a histopatologia
Atualmente já existem meios de vacinação como método de prevenção,
sendo a Gardasil a primeira vacina aprovada no Brasil. É recomendada na faixa
etária de 9 a 26 anos de idade em três doses e sua duração é em torno de cinco
anos e meio. Protege contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18), causadores de
verrugas e câncer cervical (OLIVEIRA, 2008).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), já aprovou a segunda
vacina contra HPV no Brasil, a Cervarix (nome comercial) recomendada na idade de
10 a 25 anos. Ela também é quadrivalente, aplicada em três doses, porém não será
disponível no sistema público assim como a Gardasil (CAMPBELL, 2008).
III. Discussão e Resultados
A tabela 1 apresenta a freqüência e porcentagem dos co-fatores do HPV
precursor do câncer de colo uterino, encontrados em livros e artigos. III. a) Tabela 1: Distribuição dos principais co-fatores do HPV citados pelos autores
nos artigos científicos, nos textos de livros e nas bibliografias de sites, Ourinhos,
Multiplicidade de parceiros da atividade sexual
Histórias de doenças sexualmente transmissíveis
Conforme a tabela 1, os co-fatores mais ressaltados para o maior
desenvolvimento do HPV, num total de 9 (19,1%) freqüências, foram os fatores
hormonais citados por Brasil (2006b); Brasil (2002); Castro e Duarte (2004); Campos
(2003); Oliveira (2007); Pinto et al. (2002); Federação das Sociedades de
A gravidez e o uso prolongado de contraceptivo oral foram os fatores
hormonais mais evidenciados devido à mudança que causam no organismo. Pinto et
al. (2002) afirma que os hormônios esteróides que os anticoncepcionais contêm
parecem aumentar a atividade transformadora dos oncogênes do HPV e interferir na
resolução eficiente de lesões causadas pelo vírus na cérvix de mulheres jovens.
Com relação ao tabagismo encontrou-se uma freqüência de 8 (17%) autores:
Brasil (2006a); Brasil (2006b); Brasil (2002); Castro e Duarte (2004); Campos (2003);
Oliveira (2007); Pinto et al. (2002); Federação das Sociedades de Ginecologia e
Poucos autores teceram explicações sobre o co-fator tabagismo, apesar dele
ter sido bem observado segundo vários pesquisadores.
O que se obteve como descrição, foi sua relação com a diminuição das
células de Langerhans, sua interferência no metabolismo de certas micoproteínas
importantes ao estado imunológico, e seu papel carcinogênico principalmente
considerando o fato da exposição direta do DNA células cervicais à nicotina.
Fatores imunológicos foram encontrados em 7 (14,8%) referências, Brasil
(2006a); Brasil (2006b); Campos (2003); Oliveira (2007); Pinto et al. (2002);
Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002); Palo et al. (1996).
Nos fatores imunológicos os autores consideraram o estado imunológico
imunossupremido, resposta imune local e resposta imune humoral, portanto
segundo Pinto et al. (2002) ainda não é conhecido nenhum mecanismo preciso que
desencadeie no organismo uma reação imune eficiente contra as lesões do vírus
HPV. Ainda, segundo o autor, esta reação pode estar relacionada ao sistema
imunológico ou à composição genética do hospedeiro.
O co-fator multiplicidade de parceiros da atividade sexual foi citado em 6
(12,7%) referências: Brasil (2006b), Brasil (2002); Castro e Duarte (2004); Campos
(2003); Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002); Palo et al.
Sendo a população sexualmente ativa a mais atingida, o risco de
multiplicidade de parceiros sexuais torna-se um grande perigo, principalmente nas
ocorrências das formas subclínicas e das não tratadas.
Iniciação precoce da atividade sexual foi citada por 4 (8,5%) autores: Brasil
(2006b); Brasil (2002); Castro e Duarte (2004); Campos (2003); Federação das
Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002).
A iniciação precoce da atividade sexual mostra-se um fator bastante
relevante, considerando que quanto mais cedo à iniciação sexual, maiores as
chance de contato com a infecção HPV.
Histórias de doenças sexualmente transmissíveis são referentes a 4 (8,5%)
das citações dos autores: Brasil (2002); Castro e Duarte (2004); Campos (2003);
Dos textos, pouco se explica sobre sua relação, porém, em Brasil (2006b) as
DSTs são relacionadas com a alta prevalência das lesões cervicais, principalmente
Baixas condições socioeconômicas referem-se a 3 (6,3%) de freqüência,
Brasil (2006b); Brasil (2002); Federação das Sociedades de Ginecologia e
Segundo Brasil (2002), o fator socioeconômico, pode influenciar devido ao
medo, preconceito e dificuldades encontradas para uma detecção e tratamento
Higiene íntima inadequada foi citada por 2 (4,2%) autores: Brasil (2006b) e
Campos (2003). A higiene íntima inadequada é apenas citada por estes dois
autores, não havendo explicação sobre sua relação com infecção HPV.
Encontramos carência de algum micronutrientes em 2 (4,2%) referencias
Brasil (2002) e Campos (2003). Segundo Campos (2003), carência de alguns
micronutrientes, são fatores que aumentam o risco de infecção e neoplasias.
Polimorfismo da proteína 53 é encontrado em 2 (4,2%) referência, Pinto et al.
A proteína 53, com seu código genético, quando sozinha, dificilmente causa
câncer cervical, porém, existe a possibilidade da mesma estar relacionada com HPV
na carcinogênese, devido à provável suscetibilidade do seu genótipo ao HPV
Cor branca referente a 1 (2,1%) freqüência, Campos (2003). Apenas este
autor cita a infecção HPV ser mais freqüente na cor branca, sem maiores
III. b) Tabela 2: Distribuição dos principais meios de detecção e prevenção do
HPV em relação a invasão cervical citados pelos autores nos artigos científicos, nos
textos de livros e nas bibliografias de sites, Ourinhos, 2008.
A tabela 2 verificou a freqüência em que foram citadas, as principais
estratégias de detecção e prevenção, do HPV quando se trata da invasão cervical.
Exame histopatológico (biopsia) é encontrado em 10 (21,7%) referências
bibliográficas: Brasil (2002); Brasil (2006b), Brasil (2006a); Castro e Duarte (2004);
Campos (2003); Oliveira (2007); Rama et al. (2005); Federação das Sociedades de
Ginecologia e Obstetrícia (2002); Palo et al. (1996); Informativo Abril (2005).
Segundo a Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia (2002),
deve-se biopsar a lesão para melhor diagnóstico histopatológico, quando a atipia,
apresentar-se em localização de colo uterino, com lesão plana e maior na
Biologia molecular é citada em 9 (19,5%) referências: Brasil (2006a); Brasil
(2006b); Castro e Duarte (2004); Campos (2003); Rama et al. (2005); Federação das
Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002); Palo et al. (1996); Informativo Abril
Segundo Rama et al. (2005), a biologia molecular envolve vários testes,
exemplo: hibridação in situ e reação em cadeia polimerase (PCR), hibridações
moleculares de ácidos nucléicos e captura de híbridos.
Outrosim, Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia (2002), afirma
a captura híbrida, ser único teste “aprovado pela Anvisa e FDA para o diagnóstico
laboratorial da infecção por HPV na clínica do dia-a-dia”.
O exame de colposcopia é citado por 9 (19,5%) autores: Brasil (2002); Brasil
(2006a); Brasil (2006b); Castro e Duarte (2004); Campos (2003); Oliveira (2007);
Rama et al. (2005); Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002);
Segundo Palo et al. (1996), Hans Hinselmann, criou a colposcopia, diante da
dificuldade de detecção precose á olho nu, permitindo a visualização, da parte
Segundo Campos (2003), a colposcopia permite a identificação de
mapeamento e extenção das localizações suspeitas de câncer.
Exame citopatológico (papanicolau) foi citado por 9 (19,5%) autores: Brasil
(2002); Brasil (2006a); Brasil (2006 b); Castro e Duarte (2004), Campos (2003);
Oliveira (2007), Rama et al. (2005); Federação das Sociedades de Ginecologia e
Obstetrícia (2002); Palo et at. (1996).
Foi possível confirmar que o papanicolau é o meio mais indicado para uma
detecção precoce de câncer, em mulheres assintomáticas, com necessária
confirmação por histopatologia, devido ao seu diagnóstico de células prováveis de
HPV, e não o HPV em si. Além, de ser fato, que, nos anos 50, ocorreu à confirmada
redução de 50% á 70% de mortalidade por câncer cervical, com aplicação deste
método (BRASIL 2006b; BRASIL 2002; RAMA et al. 2005).
A prevenção através da utilização de vacina aparece em 5 (10,8%)
referências bibliográficas: Nadal e Nadal (2008), Campbel (2008); Brasil (2006a);
Oliveira (2007); Federação das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002).
Nadal & Nadal (2008), indica vacinação antecedente a atividade sexual,
referente a estudo realizado, o qual demonstrou que a vacina não resulta
positivamente, como, barreira de evolução nos tipos virais, aos quais mulheres eram
E Oliveira (2007), reforça a indicação da vacina para mulheres acima de 9
anos de idade, independente de ter atividade sexual. Ressaltando, que as mesmas
não devem apresentar lesões cancerígenas.
O uso de preservativos aparece em uma freqüência 4 (8,6%) referências:
Brasil (2006b); Oliveira (2007); Federação das Sociedades de Ginecologia e
Obstetrícia (2002); Nadal e Nadal (2008).
Oliveira (2007), apenas cita o uso do preservativo, como método de
prevenção. Outrosim, Brasil (2006b); Nadal & Nadal (2008), afirmam a redução da
infecção através do uso de preservativos. No entanto, não garantindo proteção total.
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (2002)
ressalta que, a utilização do preservativo deve ser feita, principalmente, por pessoas
que nunca entraram em contato com o HPV.
IV. Conclusão
Através dos co-fatores citados foi possível analisar a grande necessidade de
maiores intervenções e esclarecimentos sobre a doença HPV e suas conseqüências
na população de baixa situação social.
Ficou claramente nítido, que, co-fatores quando em associação ao vírus HPV,
aumentam, em muito, as chances de desenvolver um câncer de colo uterino,
cabendo aos profissionais da saúde, uma melhor abordagem dos principais pontos
As orientações devem abordar os principais tópicos de riscos, como fatores
hormonais, que envolvem gravidez e uso continuo de contraceptivo oral, além do
fator tabagismo, os quais acarretão mudanças facilitadoras, que prejudicarão em
maior gravidade um organismo já infectado.
O uso de preservativos nas atividades sexuais é muito importante mesmo,
sem sua proteção total contra o HPV, pois, diante da grande população que iniciam
sua atividade sexual precocemente, abusando, da multiplicidade de parceiros, torna-
se preocupante, o aumento evidente do índice de contaminação, abordando também
A abordagem, feita sobre o papanicolau foi importante, pois traz uma gama de
informações possibilitadoras de um entendimento mais esclarecedor. Ficou evidente
a necessidade de outros métodos para real diagnóstico, quando se refere ao HPV, e
não as neoplásias as quais ele mesmo detecta. É devido à prevenção
principalmente do câncer, que é de total importância para a sociedade, sua
disponibilização nos serviços públicos.
Os exames colposcópicos e histopatológicos fazem uma investigação mais
detalhada, sobre tipo viral do HPV, facilitando seu controle.
A aplicação da vacina, sem dúvida é o melhor meio de prevenção contra o
HPV. No entanto, seja pela carência de conhecimentos ou pela impossibilidade
econômica de aquisição, a vacina é inacessível para população brasileira e,
principalmente a de baixa renda que é a grande maioria em nosso país. Com esse
quadro, torna-se preocupante a falta de orientação e prevenção da população, o que
poderá elevar, significativamente, o número de contágios por HPV.Então, com isso,
faz-se necessário que sejam realizados projetos para a orientação da população
ensinando-as como se prevenir contra as já citadas doenças.
Referências Bibliográficas
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ETICA ORGANIZACIONAL Marcelo Briola (Universidad de Buenos Aires) El individuo, la organización y la sociedad están altamente relacionados, el debate actual tiene como finalidad el análisis de las ventajas y desventajas que se ponen de manifiesto en la organización y su impacto en la sociedad. Este trabajo refiere a la ética organizacional y será muestra con el inicio de un panorama
Viral Infection “Cold” Treatment for If your child is less than 3 months old, he or she should be seen by the physician prior to any over the counter treatment. Any child less than 3 months old with a fever greater than 100.4 should be seen by a physician immediately. Fluid Intake Sometimes when babies are sick the breast milk or formula will be to thick and they will have